domingo, 1 de março de 2009

1. TEOLOGIA

Independentemente do teísmo ou deísmo contido neste item, importa acima de tudo o Princípio Cósmico (ou “Primado Cósmico de Evolução”) que ele trata de focalizar e enfatizar. A Trindade é tratada em termos de Inteligência, Amor e Poder divinos, e no caso, atualmente nesta mesma ordem. A questão segue também a doutrina fiorana das Idades divinas, segundo a qual houve uma revelação inicial do Deus-Pai sob Abrahão, logo uma revelação central do Deus-Filho sob Jesus, para tudo culminar numa revelação “apoteótica” do Deus-Espírito Santo, em princípio sucedida a partir da Baixa Renascença, sob São Francisco de Assis, Martinho Lutero e Leonardo da Vinci -chamados “avatares menores” por Alice A. Bailey-, e que agora recebe um direto “reforço” na Nova Era. O homem moderno valoriza muito o conhecimento, mas tudo isto deve ser matizado pelo amor e pelo poder espiritual, a fim de dar sentido e profundidade ao saber. Por ter poder e amor na sua base, esta Inteligência que agora se revela na “sua plenitude”, é congregadora e também transformadora, sabendo interpretar o mundo sob a luz de um Propósito maior no qual toda a evolução corresponde a uma progressiva revelação.
A correlação entre inteligência, compaixão e poder, é das coisas mais interessantes que existem. A relação do sensível e do racional, em especial, é uma meta cultural bastante valorizada em diferentes tradições da sabedoria. Símbolos duais como o da espada-e-cálice ou da jóia-e-lótus, fazem básica alusão a isto. A expressão bodhicitta, “mente iluminada”, é precisa: bodhi ou buddhi corresponde ao quarto plano ou o intuitivo, e citta é a mente. Num certo sentido, o foco principal aqui é bodhi, sujeitando citta ou mani (chintamani, a “jóia que concede todos os desejos”, é expressão similar).
A evolução dos ciclos dá lugar a sínteses e combinações. Como na moderna doutrina construtivista, cada ciclo se erige sobre a base do anterior, havendo também nisto uma precisa dialética entre princípios “psíquicos” e princípios “mentais” (ver na obra “A Arte da Unidade”, de Luís A. W. Salvi). Foi a disposição de uma etapa racional superior que permitiu a criação da civilização, naquele que foi chamado de o ciclo áryo, após a base emocional implantada pelo ciclo atlante.

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