domingo, 1 de março de 2009

6. ANTROPOLOGIA

O manifesto propõe aqui que, como um fator mesmo de segurança planetária -algo bastante sensível e premente em nossos dias, deve-se ver-, a nova humanidade deve alcançar um uso positivo amplo do seu livre-arbítrio, alcançando tal coisa através da já citada educação vitalícia, dentro de ambientes adequados, algo que o Brahmanismo original tratou de implantar. É isto que deve ser entendido como “homem espiritual”, paradigma do novo ciclo de civilização: a busca do equilíbrio universal e a evolução integral. Este item trata, pois, da também sempre sensível questão do uso e da natureza do livre-arbítrio. Basicamente, é preciso rever os conceitos que se alimenta de “livre-arbítrio”, pois tal não significa apenas a liberdade de destoar as Leis espirituais e naturais, mas também de segui-las e de obedecê-las. Assim, dizer que um sábio não faz uso do seu livre-arbítrio apenas porque segue a vontade de Deus seria algo falacioso. Inicialmente também se quantificou a questão, afirmando que “deve-se buscar os meios de mensurar satisfatoriamente e de administrar tal quadro de evolução”, de modo que “o uso construtivo da ação, e que a margem em contrário não venha a ultrapassar 25% de divergência em relação ao índice de completa harmonia ou do total equilíbrio no trato das coisas em geral.” Mais uma vez se coloca a Meta cultural no EQUILÍBRIO, portanto; tal como se anuncia no Prólogo, e não em radicalismos de qualquer forma. Esta quantificação de 25%, reflete a precisão da Tradição de Sabedoria oriental, para a qual uma cultura espiritualizada (mais especificamente, uma “Idade de Ouro”) emprega 3/4 partes do dharma ou da lei espiritual. Ora, rumamos na atualidade para uma dupla-espiritualização, seja por estarmos no processo de construir uma nova Idade de Ouro (para a qual temos um prazo-limite de quinhentos anos para alcançar), seja porque a nova raça-raiz terá ela mesma bases sacerdotais ou religiosas, servindo de instrumento para a consolidação das instituições religiosas-espirituais humanas. Aqui é o lugar de apontar claramente, pois, a natureza do “novo paradigma antropológico”, ou o homem da nova raça, que terá como meta a iluminação científica da consciência, fomentando para isto também as transformações necessárias do organismo fisiológico.

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